Erros de Refração
Erros de Refração

Erros de Refração

 

Os erros de refração, em todo o mundo, são os problemas visuais mais comuns. A maioria das pessoas convive com algum desses defeitos de visão causados por modificações na estrutura dos olhos. Estudos da Organização Mundial da Saúde estimam que chega a 15 milhões o número de crianças em idade escolar, que possuem deficiência visual por erros de refração não corrigidos. Os dados são de países como Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Venezuela, na faixa etária de cinco a 15 anos. A questão interfere no desempenho diário da criança (problemas de aprendizado, autoestima e inserção social).

Pacientes que possuem falhas de refração podem apresentar desconforto nos olhos, dificuldade para focalizar objetos, dificuldade para leitura, dores de cabeça e dificuldade para enxergar de perto ou de longe.

Se não corrigidos, eles são a principal causa de deficiência visual entre as crianças brasileiras. Os tipos mais comuns em crianças são: hipermetropia, miopia, astigmatismo, estrabismo e ambliopia.

Hipermetropia
A hipermetropia é o erro refrativo mais comum na infância. É a dificuldade de focalizar objetos a curta distância.É caracterizado  pela  visão de longe  ser melhor do que a de perto, embora em altas hipermetropias, a visão é alterada tanto para longe quanto para perto.

Em graus menores, pode gerar cansaço visual, fadiga ocular, dor de cabeça  e limitação na capacidade da leitura.

Apresenta prevalência de 34% da população, o que equivale a 65 milhões de pessoas. Nos pacientes com alta hipermetropia, muitas vezes encontramos estrabismo associado.

O tratamento convencional  da hipermetropia é realizado por meio de óculos ou lentes de contato, e na vida adulta, em muitos casos, pode ser considerado  o tratamento cirúrgico, por meio da cirurgia refrativa.

Miopia
Erro refrativo onde a visão é melhor para perto do que para longe, sendo comum a queixa de enxergar mal o quadro negro na sala de aula.  Prejudica a visão à distância. Muitas vezes a criança “aperta” os olhos para enxergar de longe.

É mais comum na adolescência, no entanto, com o advento dos celulares e tablets, estamos observando início precoce de miopia nas crianças que utilizam com frequência esses aparelhos, principalmente se o pai ou a mãe, ou ambos forem míopes. Pesquisa científica tem sido realizada em vários países, inclusive no Brasil, com o intuito de reduzir a progressão da miopia nas crianças e adolescentes.

Astigmatismo
É a dificuldade do sistema óptico em formar um ponto focal na retina, devido a diferença na curvatura de uma ou mais superfícies refrativas do globo ocular. Para quem tem astigmatismo todos os objetos – longe ou perto – ficam distorcidos. Ele pode ser hereditário e é causado por diferentes curvaturas da córnea ou por irregularidades na córnea, formando a imagem em planos diferentes o que ocasiona a distorção da mesma. Alterações nos erros de refração, especialmente o astigmatismo, têm sido relatada no pós-operatório de estrabismo.

Durante o primeiro ano de vida as crianças possuem incidência de 15 a 30% de astigmatismo, no entanto a prevalência diminui com o crescimento. Crianças que não apresentaram astigmatismo durante o primeiro ano de vida dificilmente o desenvolverão mais tarde. Na idade escolar o astigmatismo na regra é o mais comum.

Se o astigmatismo não regredir com o crescimento da criança, esse deve ser corrigido, principalmente se houver diferença de eixo e grau entre os dois olhos. Quando o astigmatismo é maior que 1,5 dioptrias é importante corrigi-lo precocemente, uma vez que o período crítico para o desenvolvimento de ambliopia meridional se dá principalmente nos primeiros dois anos de vida.. O uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia podem corrigir o astigmatismo.

Estrabismo
Caracaterizado pelo desvio dos olhos. O tratamento pode envolver a oclusão, feita com tampões, o uso de óculos para corrigir grau – normalmente há hipermetropia associada – e cirurgia corretiva. Leia mais em Estrabismo

Ambliopia ou “olho preguiçoso”
Diminuição da acuidade visual em um ou dois olhos, sem anomalia estrutural. O uso de tampão no olho “bom” estimula o desenvolvimento do “ruim”. Além disso, é necessário o uso de óculos ou lentes de contato.

Leia mais:
Ambliopia