Retinopatia da Prematuridade
Retinopatia da Prematuridade

Retinopatia da Prematuridade

 

O que é Retinopatia da Prematuridade?
É uma alteração que pode afetar a retina dos bebês prematuros, devido ao desenvolvimento anormal dos vasos sanguíneos. A retina capta a luz que é transformada em imagem no cérebro.

De acordo com diversos estudos mundiais sobre a deficiência visual em crianças extremamente prematuras, divulgados pelo Instituto de Moléstias Oculares, a Retinopatia da Prematuridade (ROP) é uma das mais comuns desde o início dos anos 2.000. Sua incidência é variável e aumenta devido à crescente capacidade de manter a sobrevida de recém-natos com peso inferior a 1.500 gramas e/ou antes de 32 semanas de gestação. Isso porque, nessas crianças, os vasos sanguíneos da retina são muito imaturos e começam a se desenvolver de maneira anormal, causando hemorragias que podem levar a cegueira. O processo de desenvolvimento da retina começa a partir da quarta semana de gestação, sendo que o desenvolvimento completo dos vasos sanguíneos retinianos só se completa após o nascimento do bebê a termo, ou seja, com 9 meses completos de gestação.

Causas da Retinopatia da Prematuridade
Vários são os fatores de risco para a ROP. O baixo peso e a pouca idade gestacional acometem o desenvolvimento da vascularização da retina, que ocorre nas últimas semanas de gestação. Entre os demais possíveis fatores estão os níveis de oxigênio ofertados, nos berçários das Unidades de Terapia Intensiva – UTI’s neonatais. Essa terapia auxilia na imaturidade pulmonar, sendo que os índices do oxigênio e número de dias necessários para sua utilização são significativos em relação aos fatores de risco. A terapia com oxigênio pode causar problemas no desenvolvimento das ramificações dos vasos sanguíneos da retina. Entre os diversos fatores de risco que são objetos de estudo relacionados à ROP encontram-se a necessidade de transfusões sanguíneas; infecção geral do organismo por bactéria, disponibilidade de antioxidantes na retina; hemorragia intraventricular; entre outros.

Tipos de Retinopatia da Prematuridade
A classificação internacional da doença baseia-se na localização das lesões, na sua extensão, conforme o grau de comprometimento vascular, e no estágio de desenvolvimento.

Sintomas da Retinopatia da Prematuridade
Os primeiros sinais de Retinopatia da Prematuridade podem não ser observados sem exames específicos.

Diagnóstico da Retinopatia da Prematuridade
O primeiro exame para diagnosticar a doença deve ser feito a partir de quatro a seis semanas após o nascimento, ou 31 semanas de idade gestacional corrigida, e deve ser repetido até que a retina esteja vascularizada em sua extrema periferia. Esse exame, feito por um oftalmologista pediátrico ou pelo retinólogo, dilata a pupila da criança com colírios, abre as pálpebras para que a retina seja observada com luz e lentes especiais para efetuar a oftalmoscopia indireta. É indicada a utilização de colírio anestésico com o intuito de minimizar o desconforto do prematuro. O exame não expõe riscos para o bebê.

Tratamento da Retinopatia da Prematuridade
Em alguns casos não há necessidade de tratamento, pois a retina pode apresentar desenvolvimento normal. Quando a ROP é diagnosticada, pode haver melhora espontânea, sem haver necessidade de tratamento nenhum. Entretanto, quando a Retinopatia da Prematuridade não regride espontaneamente, a retina apresenta risco de descolamento. O tratamento é realizado por laser ou crioterapia nos casos em que ainda não ocorreu o descolamento da retina. Nos casos em que ele já existe, é indicada a cirurgia de vitrectomia. A chance de baixa visão ou cegueira é grande nesses bebês. Para detalhamento de cada tratamento é sugerida a busca de esclarecimentos com um especialista oftalmológico ou oftalmologia pediátrica.

Prevenção da Retinopatia da Prematuridade
A medicina supõe que a prevenção da Retinopatia da Prematuridade é evitar partos prematuros, através da melhoria das condições de assistência pré-natal. Em paralelo, é necessária a assistência neonatal adequada.

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