Doenças Infecciosas
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Doenças Infecciosas

 

O que são Doenças Infecciosas Oculares?
Infecção é a invasão de microrganismos externos vivos no corpo, que buscam colonizar o hospedeiro com os próprios recursos encontrados no indivíduo. Esses agentes destruidores podem provocar enfermidades no organismo, que responderá com um processo inflamatório. O corpo reage a esses agentes com as células de defesa, chamadas de antígenos, que formarão os anticorpos para combater o processo.

Existem vários tipos de infecções oculares. São doenças das mais simples, que podem desaparecer espontaneamente, como também mais graves, que provocam até cegueira.

Causas das Doenças Infecciosas Oculares
Alguns dos agentes externos que provocam as infecções em geral, inclusive nos olhos, são os vírus, as bactérias, os fungos e os parasitas.

Causadas por infecções, existem doenças sistêmicas que atingem a região ocular, mas também há aquelas que são específicas dos olhos. No primeiro caso, doenças como toxoplasmose, tuberculose, sífilis, e citomegalovírus provocam danos oculares, entre eles: vermelhidão, fotofobia, visão borrada, perda visual, dor e estrabismo. Já no segundo caso, as doenças específicas dos olhos, causadas por infecções, são diversas, tais como: conjuntivite bacteriana ou viral, comuns entre crianças e bebês; blefarite; ceratite, endoftalmite bacteriana ou fúngica; conjuntivite neonatal (infecção no parto); obstrução dos dutos lacrimais e celulite.

“Alguns dos agentes externos que provocam infecção nos olhos em geral, são os vírus, as bactérias, os fungos e os parasitas.”

Tipos de Doenças Infecciosas Oculares

Conjuntivite Neonatal (infecção no parto)
Essa doença infecciosa afeta os bebês recém-nascidos, ou seja, dentro dos trinta dias pós-parto. Usualmente contraída durante o seu nascimento, a partir do contato com secreções genitais maternas contaminadas. Há a infecção nos olhos ao passar pelo canal do parto normal (vaginal). A manifestação da doença ocorre com edema palpebral, vermelhidão difusa, podendo haver secreção purulenta ou mucosa. Essa conjuntivite pode também causar infecção neonatal generalizada. O tratamento varia de acordo com a causa da conjuntivite, consistindo no uso de medicações contra a bactéria causadora.

Obstrução das Vias lacrimais
Essa doença ocular também é muito comum em recém-nascidos e crianças de até três anos. As lágrimas são produzidas principalmente pelas glândulas lacrimais principais, que ficam atrás das pálpebras superiores e deslizam ao longo da superfície do olho. São então drenadas através de duas pequenas aberturas para dentro do saco lacrimal, fluindo através do tubo do canal lacrimal para dentro do nariz e da garganta. Quando há a obstrução, a lágrima acumulada dentro do saco lacrimal promove a proliferação de bactérias, gerando sinais inflamatórios, com saída de secreção, advinda da infecção. O lacrimejamento frequente é o principal sintoma desta patologia, podendo muitas vezes estar associado à secreção esverdeada. O tratamento consiste em massagem no canto interno do olho, para tentar desobstruir o canal lacrimal, e caso não haja sucesso, estará indicado procedimento cirúrgico para desobstrução do ducto naso lacrimal.

Conjuntivite bacteriana ou viral
A Conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, uma fina membrana que cobre a esclerótica (o branco do olho) e a superfície interna das pálpebras. Ela é contagiosa em ambas as formas. A viral é altamente contagiosa e pode durar várias semanas. Já a bacteriana, causada por várias espécies de bactérias, incluindo estafilococos, estreptococos e Haemophilus influenzae, também pode ser facilmente transferida de um olho para o outro. Por isso, o isolamento do doente pelo período da inflamação é recomendado. Os principais sintomas são o lacrimejamento excessivo, vermelhidão, desconforto em ambientes iluminados, inchaço nas pálpebras, sensação de areia no olho, do olho estar arranhado e secreção mucosa, no caso das virais, e amarelo esverdeada nas bacterianas. O tratamento da conjuntivite inclui o uso de colírios lubrificantes e antibióticos tópicos, que serão prescritos pelo médico, mas principalmente a higiene para combater a transmissão.

Blefarite
Blefarite é a inflamação ou infecção da pálpebra. Normalmente é ocasionada pela colonização de bactérias comuns na pele, facilitada pela produção excessiva de uma camada de gordura que se forma nas pálpebras e pelo aumento de oleosidade dessa região. Os sintomas são coceira, ardência, irritação, vermelhidão, lacrimejamento e caspas nos cílios. O diagnóstico pode ser feito por observação direta ou ao microscópio. O tratamento é realizado com pomadas antibióticas, lágrimas artificiais, limpeza diária e medicamentos orais.

Ceratite
A Ceratite é um processo que ocorre na córnea, camada transparente que protege o olho. As causas são lesão física, o protozoário das lentes de contato, vírus do herpes, bactérias, micose, olho seco, lesão química de ácidos e alcalinos. Os sintomas são vermelhidão, coceira, dor, visão embaçada ou diminuída, fotofobia e córnea opaca. O tratamento é variável de acordo com o agente causal, sendo que se pode utilizar lubrificantes oculares, colírios antibióticos, colírios antifúngicos e pomadas oftalmológicas. Se não for tratada adequadamente, pode evoluir para úlcera de córnea.

Celulite
Também conhecida como infecções da órbita, a Celulite Ocular é uma infecção dos tecidos profundos da órbita (área do crânio onde se localiza o globo ocular). Apresenta-se com grande edema palpebral com restrição e dor à movimentação dos olhos, deslocamento anterior dos olhos e febre. A causa mais comum de celulite orbitária em crianças é a sinusite ou infecção do trato respiratório. O tratamento consiste em internamento hospitalar ou tratamento ambulatorial, sendo que antibiótico por via sistêmica e deve ser iniciado de imediato. Há risco de a infecção se propagar para o cérebro através do sistema venoso. Em alguns casos, é necessária a drenagem cirúrgica dos abcessos orbitários.

Endoftalmite
A endoftalmite é uma inflamação dos tecidos intraoculares. Embora seja uma condição mais rara, é grave, pois gera dano irreversível à camada fotorreceptora da retina e, mesmo com a intervenção apropriada, resulta em perda parcial ou total da visão, ou mesmo do olho. De um modo geral, o paciente apresenta diminuição da visão, dor e sinais infecciosos do segmento anterior e/ou posterior do olho, associados à história de cirurgia, trauma ou doenças sistêmicas debilitantes, como diabetes, neoplasias ou imunossupressão. O diagnóstico rápido é fundamental para um tratamento adequado. A principal causa de Endoftalmite é a infecção por microrganismos, como bactérias e fungos. Os fatores de risco envolvem pacientes que apresentem baixa imunidade como leucemia e AIDS.

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